Meliponicultura: criação de abelhas nativas sem ferrão
Foto: Jonas Campos
Abelhas nativas sem ferrão
Os agentes polinizadores cumprem um papel fundamental na manutenção da biodiversidade do planeta, por meio do serviço ecossistêmico realizado através da polinização, as abelhas são as principais polinizadoras, em razão da sua dependência pelos recursos florais, esses insetos garantem a reprodução das espécies da nossa flora e de muitos de nossos alimentos. Popularmente conhecidas como abelhas sem ferrão, os Meliponíneos pertencem à tribo Meliponini, da família Apidae. Essas abelhas têm o comportamento eusocial, ou seja, formam colônias com tarefas múltiplas organizados em castas com sobreposição de gerações, outra característica deste grupo é que possuem o ferrão vestigial atrofiado, o que as tornam incapazes de ferroar, o que deu origem ao seu nome popular. Os Meliponíneos fazem parte de um grupo de abelhas com grande importância para a manutenção de ambientes cultivados e naturais, responsáveis por até 90% da polinização da flora das nossas matas nativas e de até 70% de áreas cultivadas.
Agroecologia e a Meliponicultura
Assim como a Agroecologia, a Meliponicultura busca os conhecimentos e as práticas tradicionais dos povos originais, ambas são ciências que estudam e tentam compreender os processos e os manejos para a busca de conhecimentos e de ações mais sustentáveis. O Meliponário do Setor de Agroecologia foi implantado no ano de 2021 com a participação dos estudantes e professores do NEA Raiz do Campo, Os objetivos do Meliponário são: conservação das espécies de abelhas nativas locais, garantir a manutenção no entorno do setor através da polinização, incentivar a prática desta atividade e também a ações de educação ambiental, apresentando a diversidade de espécies que habitam na região. Até o momento no Meliponário do Setor de agroecologia conta com as seguintes espécies: jataí (Tetragonisca angustula), mirim droryana (Plebeia droryana), mirim preguiça (Friesella schrottkyi), iraí (Nannotrigona testaceicornes), mandaçaia (Melipona quadrifasciata anthidioides), boca de sapo (Partamona helleri), tubuna (Scaptotrigona bipunctata).
Fotos: Richard Nacasato
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