Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Notícias > Destaques > Reverência à ancestralidade
Início do conteúdo da página
Notícias

Reverência à ancestralidade

Escrito por José Valmei Bueno | Publicado: Terça, 18 de Novembro de 2025, 09h23 | Última atualização em Terça, 18 de Novembro de 2025, 17h05
Grupo de Capoeira apresenta performance no palco do auditório "Professora Cristiane Cordeiro de Carmargo" (Foto: Ascom)
Grupo de Capoeira apresenta performance no palco do auditório "Professora Cristiane Cordeiro de Carmargo" (Foto: Ascom)

Grupo UBUNTU, do Campus Inconfidentes, promove o evento “Raízes Afro-Brasileiras” 

O grupo UBUNTU, do Campus Inconfidentes, realizou nos dias 17 e 18 de novembro o evento “Raízes Afro-Brasileiras”, uma celebração dedicada ao reconhecimento, à valorização e à difusão dos saberes afro-brasileiros. A programação reuniu estudantes, servidores e membros da comunidade em torno de atividades formativas, culturais e reflexivas.

O organizador do evento, Braion Henrique Alves, estudante do curso de Engenharia Ambiental, destacou a importância da iniciativa.
“Esse evento tem como propósito valorizar os saberes afro-brasileiros por meio da educação, da arte, da espiritualidade e da cultura, reconhecendo a profunda contribuição dos povos africanos e afrodescendentes na formação do Brasil”, explicou.

Abertura marcada por arte e ancestralidade

A abertura contou com o Ato Cultural “Sem folha, Sem vida”, que reintroduziu elementos simbólicos da ancestralidade afro-brasileira e preparou o público para um mergulho profundo nas raízes culturais que fundamentaram a proposta do encontro.

Logo em seguida, aconteceu a Palestra MAGMA, conduzida por Mãe Ana de Oyá, que abordou o tema “Espiritualidade Afro-Brasileira e Educação: Saberes que Curam e Ensinam”. A fala uniu reflexão, vivência religiosa e trajetória pedagógica, reforçando o papel da espiritualidade como elemento estruturante da identidade e da resistência negra no Brasil.

O grupo também promoveu um momento de reflexão sobre o sentido da palavra Ubuntu – “Eu sou porque nós somos”, destacando o conceito como base para relações mais humanas, solidárias e comunitárias.

Oficinas e vivências

Diversas oficinas enriqueceram o evento, oferecendo experiências práticas e imersivas. Entre elas:

  • Oficina de Ervas: Saberes de Cura e Proteção

  • Oficina “Afrofuturismo: Imaginar o amanhã com os pés na tradição”

  • Oficina de Capoeira e Musicalidade: “Axé e resistência – Cantigas e Oralidade”

O primeiro dia encerrou-se com a Mesa-Redonda “Militarização e Racismo Institucional”, que contou com a participação do historiador Marcus Marcusso e da administradora Lúcia Helena da Silva. Os convidados discutiram as diversas formas de expressão do racismo nas instituições e os impactos da militarização sobre a população negra.

Segundo dia: identidade, estética e resistência

A programação do dia 18 trouxe novas vivências, começando pela Oficina de Tranças e Identidade – “O Corpo como Manifesto Político”, em que participantes puderam compreender a potência estética e histórica das tranças como símbolo de resistência e afirmação.

Também integrou as atividades a oficina de lambe-lambe “A casa é palco de luta”, que trabalhou a linguagem visual como ferramenta de expressão política e cultural.

Um espaço de fortalecimento coletivo

Ao final do evento, Braion avaliou a experiência como um marco de resistência no campus.
“Sinto que fizemos o que sabemos fazer de melhor: tecemos saberes coletivos a partir das vivências, da educação e da política. Foi um espaço onde nossa força se reconheceu e se multiplicou, onde cada voz somou para construir caminhos de pertencimento, consciência e transformação”, afirmou o organizador.

O evento “Raízes Afro-Brasileiras” reafirmou o compromisso do grupo UBUNTU com a valorização da cultura afro-brasileira e com a construção de espaços educativos plurais, críticos e profundamente conectados às raízes que estruturam a identidade do povo brasileiro.

Acesse as fotos (Ascom)


registrado em: ,
Fim do conteúdo da página