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Campus desenvolve inovações tecnológicas e aguarda aprovação de patentes

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Três trabalhos desenvolvidos por estudantes do Campus Inconfidentes, no Laboratório de Fotogrametria Robótica e Inovação (FotoRobi), foram registradas junto ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial e aguardam a aprovação das patentes. Um barco para inspecionar relevo submerso, um aparelho para medir volume de silo e uma bomba de pulverização de lavoura acoplada a um drone são as inovações propostas pelos jovens pesquisadores.

Jadson Maximiniano da Silva estuda Engenharia de Agrimensura e Cartográfica. Ele inventou um sistema de monitoramento para silos horizontais e verticais. Componentes eletrônicos e impressora 3D foram usados para a fabricação do aparelho. “Vimos uma demanda do mercado, onde precisava um monitoramento remoto dos cilos, de volume e as condições de armazenagem”, explicou Jadson sobre a origem da ideia.

No laboratório, o estudante Michel da Silva Bezerra está focado no trabalho de desenvolvimento de software e hardware de posicionamento e mensuração. Ele criou um barco com GPS e Sonar capaz de emitir informações dos relevos submersos. A aplicação do aparelho no mercado pode ajudar em construção de pontes, portos e gestão de recursos hídricos. De acordo com o jovem que é natural de São Sebastião, litoral de São Paulo, ele conseguiu aplicar, na prática, teorias estudadas na sala de aula. “Apliquei conceitos de eletrônica e automação”, comentou o jovem.

A criatividade dos estudantes envolve não somente equipamentos aquáticos, mas também aéreos. É o caso do projeto do aluno de Engenharia Agronômica, Niltom Ribeiro do Carmo Santos. Ele propôs a melhoria de uma bomba de pulverização anexada a um drone. “A bomba vai facilitar a vida dos agricultores. A certa altura, quando se dispara um sistema é possível pulverizar a plantação”, explicou o inventor.

Laboratório FotoRobi

O Laboratório de Fotogrametria Robótica e Inovação foi implantado no Campus Inconfidentes em 2013. Do início das pesquisas até hoje, cerca de 20 projetos foram desenvolvidos. Cerca de R$ 500 mil foram investidos. Os recursos são resultados da submissão dos projetos de pesquisa junto à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PPPI) e ao Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).

Segundo o Coordenador do Laboratório, professor Mosar Faria Botelho o processo de aprovação das patentes pode durar até 8 anos. “Para o Brasil sair da situação de país emergente, precisamos de patentes. É isso que estamos buscando”, afirmou Mosar.

Em 2017, quando foi feito o último levantamento dos pedidos de registro de Propriedade Industrial, o Núcleo de Inovação Tecnológica do IFSULDEMINAS teve 27 comunicação de invenção. Somente o Campus Inconfidentes apresentou 11, o maior entre os campi do Instituto Federal do Sul de Minas.