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Seminário Nacional de História

Escrito por José Valmei Bueno | Publicado: Quarta, 31 de Julho de 2024, 13h35 | Última atualização em Quarta, 18 de Setembro de 2024, 13h33

I Seminário Nacional de História e Linguagens recebe 106 trabalhos de todas as regiões do país

O I Seminário Nacional de História e Linguagens: Pesquisas em Quadrinhos e Cinema do IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes recebeu a submissão de 106 resumos artigos elaborados por pesquisadores de todas as regiões do país. O número superou a expectativa dos organizadores. Os trabalhos serão apresentados entre os dias 11, 12 e 13 de setembro.

O evento é organizado pelo Grupo de Estudos História e Linguagens: Pesquisas em Quadrinhos e Cinema, do Campus Inconfidentes. A atividade é financiada pelo Edital 060/2024 do IFSULDEMINAS.

As inscrições para participação nos minicursos começam dia 12 de agosto, por meio do site do evento.

Em entrevista, o organizador do Seminário, professor Geovano Moreira Chaves, fala sobre a realização do espaço de estudo e reflexões.

 GEOVANO 1. Na sua opinião, a que se deve este grande número de envio de resumos?

O tema dos quadrinhos e do cinema possuem enorme popularidade, e são muitas vezes tratados como hobbie pela população em geral, no entanto, estes dois campos do conhecimento revelam muito do que somos como sociedade, principalmente na forma em que nos representamos. A grande variedade de trabalhos recebidos dão a dimensão da importância das reflexões sobre estes campos de pensamento humano como práticas de pesquisa que propiciam uma melhor compreensão destes fenômenos.

2. Qual o objetivo deste Seminário?

O objetivo do I Seminário Nacional de História e Linguagens: Pesquisas em Quadrinhos e Cinema é promover um espaço para trocas de experiências e formação de parcerias no âmbito das pesquisas em História e Linguagens para pesquisadores, mestre e doutores de todo o Brasil. O evento consta no rol de objetivos do Grupo de Estudos História e Linguagens: Pesquisa em Quadrinhos e Cinema que se estabeleceu no IFSULDEMINAS, campus Inconfidentes, em 2023, e que visa desenvolver ensino, pesquisa e extensão tendo como base os trabalhos que são realizados no grupo. Trata-se de um evento que também tem como objetivo gerar oportunidade para que discentes, docentes e demais servidores do IFSULDEMINAS campus Inconfidentes possam participar e ter a experiência de apresentar trabalho em um Seminário de âmbito nacional.

3. Qual será a metodologia usada para a realização do Seminário?

A metodologia utilizada diz respeito a submissões de resumos para serem analisados pelos organizadores do Seminário, e, caso aprovados, os resumos serão apresentados durante o Seminário. Após as apresentações, será concedido o período de 45 dias para o envio dos textos completos, que se dividirão em capítulos de livro e textos completos publicados nos anais do Seminário.

4. Como os trabalhos serão apresentados?

Os trabalhos serão apresentados, por pesquisadores de todas as regiões do Brasil, no formato online. As palestras que serão ministradas no Seminário terão transmissão para todo o Brasil, e além disso, serão ministrados minicursos sobre a temática do evento.

5. Quais os resultados esperados pela organização?

Parcerias, trocas e estabelecimento de projetos coletivos entre os pesquisadores, estabelecimentos de novos campos de pesquisa no âmbito da História e das Linguagens, publicação de caderno de resumos, publicação de anais do evento, publicação de livro e bastante interdisciplinaridade e conexões entre pesquisas e prática extensionistas.

6. Como fazer para participar do Seminário?

As inscrições para apresentação de resumos foram encerradas no último dia 28/07. A partir do dia 12 de agosto serão abertas as inscrições para minicursos, e nos dias do evento as palestras serão disponibilizadas a todos. Todas as inscrições podem ser feitas no site do evento.

7. Por que o estudo da linguagem dos Quadrinhos é importante?

Desde o final do século XX autores como Manuel Castells alertaram sobre o modo como os avanços tecnológicos, em especial aqueles vinculados às tecnologias da informação impulsionavam mudanças significativas nas organizações e relações sociais. Na mesma linha argumentativa, embora observando os efeitos do que outrora era apenas uma projeção. Han (2018) observa que elementos como espetáculo, escândalo, ausência de distinção entre esfera pública e privada são características de uma sociedade cada vez mais imersa no digital e que, ao mesmo tempo, pouco ou nada reflete sobre seu consumo e efeito. Assim, se em contextos de crise somos impelidos a respondermos qual a finalidade do conhecimento histórico (Bloch, 2021) também é verdade que, ao lado de tal indagação, somos estimulados a reforçarmos o papel central do Ensino de História escolar e não escolar enquanto possibilidade para construção e efetivação da cidadania plena e instrumental para a formação de cidadãos críticos, reflexivos e comprometidos com direitos humanos e com valores democráticos sem ignorar o papel ativo dos estudantes na construção de seus conhecimentos e que estes são construídos a partir das vivências dentro e fora da sala de aula. A pluralidade nas formas de aprender exigem uma postura aberta e criativa do professor no sentido de incorporar nas práticas educativas diversas linguagens, saberes e materiais afim de colaborar na leitura e ampliação da leitura de mundo dos estudantes. Partindo do princípio de que o olhar e as escolhas do professor e do pesquisador, seu entendimento e leitura de mundo são parte constituinte do próprio entendimento e reflexões acerca da função social da História e suas relações com a vida humana prática, reforçamos a necessidade de olhar academicamente a dialética inerente à cultura histórica na constituição de sentidos.

Citando Jörn Rüsen: "Cultura histórica nada mais é, de início, do que o campo da interpretação do mundo  e  de  si  mesmo,  pelo  ser  humano,  no  qual  devem  efetivar se  as operações    de    constituição    de    sentido    da    experiência    do    tempo, determinantes  da  consciência  histórica  humana.  É  nesse  campo  que  os sujeitos  agentes  e  padecentes  logram  orientar-se  em  meio  as  mudanças temporais de si próprios e de seu mundo". (RÜSEN, 2007, p.121) Tendo em vista tais questões, o presente ST tem como proposta reunir trabalhos e relatos de experiência que promovam debates sobre a utilização de novas linguagens no ensino de História, e da cultura histórica, ou seja, pensando os espaços escolares e não escolares na construção de sentidos históricos e identitários.   Essa aproximação pode se dar tanto do ponto de vista teórico e metodológico quanto abarcando as possibilidades e desafios para o uso das diferentes linguagens como um lugar de aprendizagem em história em múltiplos contextos e espaços considerando a história enquanto elemento de constituição de sentidos.

 


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