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Pesquisa com ervas

Escrito por José Valmei Bueno | Publicado: Sexta, 10 de Setembro de 2021, 07h21 | Última atualização em Quarta, 26 de Janeiro de 2022, 11h14

Campus Inconfidentes produz pesquisas com ervas medicinais na fazenda escola

 

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Novalgina, Capim cidreira, cavalinha e menta. Estas são algumas das cem espécies de plantas cultivadas no Ervanário do Instituto Federal de Inconfidentes. Trinta e seis são comprovadamente medicinais. Outras quarenta e quatro espécies, como Peixinho e Tanaceto, são de uso tradicional e popular. A ciência ainda não comprovou a eficiência delas para a saúde.

O ervanário tem área com mais de 320 metros quadrados. Aqui, estudantes e professores do Campus Inconfidentes se dedicam às plantas com a finalidade de estudá-las cientificamente.

O ervanário foi idealizado em 2014, pelo professor de Biologia do Campus Inconfidentes, Wallace Ribeiro Correa. “Aqui a gente trabalha com ensino, pesquisa e extensão. Os alunos aprendem sobre a plantas medicinais. A gente aprende que as plantas têm os metabólicos secundários. Elas têm poder que a gente chama medicinal”, explicou o professor.

O uso das plantas medicinais pela humanidade tem origem na pré-história. Os primeiros humanos utilizavam ervas e raízes como alimento e como medicamento. Este hábito virou tradição familiar. “Meu pai, minha avó faziam alguns preparos medicinais para as pessoas e isso cresceu comigo dentro da minha casa”, recordou Wallace.

Depois de colhidas no ervanário, as plantas são levadas para o laboratório de Biociência, onde são analisadas. Um dos alunos envolvidos no projeto é o Yago de Souza Pagani. Ele desenvolveu investigação de uma erva conhecida como “Perpétua do Mato”. De acordo com ele, esta erva é colhida na estufa do ervanário e passa por um processo de beneficiamento e pesquisa até se tornar uma pasta. “É a partir deste extrato que a gente vai fazer as nossas análises”, disse ele.

A pesquisa realizada pelo estudante do Campus Inconfidentes confirmou os benefícios da “Perpétua do Mato” como erva medicinal, especialmente para o combate de doenças da pele e intestinais. “Esta planta combateu a salmonela também”, completou o estudante

Até 2021, as pesquisas realizadas com as plantas renderam a publicação de 30 artigos científicos em Revistas Especializadas. Além da pesquisa, o objetivo do ervanário é funcionar como ambiente educacional para a comunidade.


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