Não parou
Mesmo em ano de pandemia, curso de Biologia do campus bate recorde em produção científica
Apesar da paralisação das aulas presenciais, decorrente da pandemia da Covid-19, a produção de trabalhos científicos do Campus Inconfidentes não parou.
Em 2020, os pesquisadores da área de Biologia bateram o recorde nos números de publicações científicas. Foram publicados 15 artigos científicos, outros 4 trabalhos foram aceitos pelas revistas e estão em andamento para publicação, 5 ainda estão em avaliação, além da elaboração de 5 resumos para a Jornada Científica. “O ano foi difícil, mas foi o ano mais produtivo em termos de produção científica”, comemorou o professor Marcos Magalhães.
Estes artigos são resultado de dados coletados em períodos anteriores à pandemia. “Entretanto, nesse ano trabalhamos a redação dos mesmos em parceria com alunos e professores parceiros de outras instituições”, completou Magalhães.
Devido ao distanciamento social, os trabalhos no laboratório de zoologia ocorrem de forma mensal, ou seja, uma semana por mês o pesquisador Marcos Magalhães frequentou o laboratório com outros dois alunos. “Nosso objetivo era manter as atividades, sem prejuízo dos dados coletados”, explicou o docente.
Os trabalhos de campo foram paralisados em março e retomados em outubro. “Foi um grande desafio. Tivemos que adaptar a uma série de condutas, como viagem em carros com menos pessoas, uso de máscaras e de álcool em gel”, recordou o professor. “Evitamos compartilhar utensílios e alimentos. Só era permitida a viagem de alunos sem suspeitas ou sintomas”, contou Magalhães, destacando que não houve contaminação dos membros da equipe.
Para 2021, a previsão dos pesquisadores é concluir um trabalho de campo que está em andamento em Barroso (MG). A intenção é produzir um inventário da fauna para a criação de uma Unidade de Conservação. Há também a previsão de conclusão de um projeto, em parceria com o IFSULDEMINAS - Campus Poços de Caldas, para avaliar a diversidade biológica em diferentes áreas de nascentes e verificar se a cultura do eucalipto tem impactado na diversidade biológica do município.
Ainda em 2021, o objetivo é viabilizar uma parceria com Itaipu Binacional para gerar um catálogo fotográfico de libélulas e vespas para uso em turismo e em pesquisa. “Também estamos aguardando fechar uma parceria com Itaipu para um projeto com o Instituto Federal do Paraná, com o objetivo de desenvolver uma pesquisa no Parque Nacional do Iguaçu”, planeja o pesquisador sobre uma das Unidades de Conservação mais importantes do Brasil.
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