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Semana Cultural promove oficinas de desenhos, shows e debates. Tudo por meio da Internet
As instituições de ensino de todo o planeta estão se deparando com situações inéditas. A pandemia provocada pelo Coronavírus desestabilizou os hábitos. A Covid deflagrou a criatividade nos sistemas de ensino e a Internet se tornou estratégica para contornar o distanciamento social.
A criatividade e a busca da superação do isolamento social foram os ingredientes necessários para o sucesso da 9ª Semana Cultural promovida pelo Setor de Arte e Cultura do IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes.
Mesmo remotamente, os organizadores se uniram em nome da cultura, por meio da Internet. O resultado foi a demonstração evidente da força da arte, acima de qualquer obstáculo. “No período de pré-produção do evento abrimos uma chamada para artistas e participantes que tivessem o interesse de compor a programação. Para a nossa surpresa e felicidade, recebemos muitas propostas de interesse, o que nos possibilitou a composição de uma programação rica e diversa, com participantes de diversos lugares”, contou o diretor de Arte e Cultura do campus, professor Luis Carlos Negri.
O evento online se arrastou por quase um mês. Entre os dias 4 e 30 de setembro, o campus ofereceu palestras, oficinas, entrevistas, shows e leitura de obras literárias por meio das mídias sociais da Casa das Artes. “Como o evento foi todo realizado de forma online, tivemos que nos preparar para esse novo formato estudando e pesquisando plataformas, transmissões, divulgação. Foi um grande desafio, visto que nenhum de nós tinha uma formação específica nessa área e pelo ineditismo da situação”, completou Negri.
De acordo com a organização, mais de 1600 pessoas já visualizaram o conteúdo produzido pela Semana Cultural. “As atrações continuam disponíveis na Internet e pessoas ainda estão acessando os conteúdos”, comemorou Luis Carlos. Os interessados em assistir o evento podem acessar a Semana Cultural pelo Canal no Youtube.
Em entrevista, professor Luis Carlos Negri conta como foi o desafio de preparar um evento online:
1. Como foi a preparação para a Semana?
A preparação da 9ª Semana Cultural contou com o apoio e a dedicação de uma equipe de professores: Carla Patronieri, Cristiane Cordeiro de Camargo, Davi Vieira Medeiros, Fernanda Góes da Silva, Luís Carlos Negri e Melissa Salaro Bresci. Contamos ainda com a preciosa colaboração de nossos alunos monitores: Ana Paula, Flávia, Letícia, Luís Cláudio e Maria Clara. No período de pré-produção do evento abrimos uma chamada para artistas e participantes que tivessem o interesse de compor a programação. Para a nossa surpresa e felicidade, recebemos muitas propostas de interesse, o que nos possibilitou a composição de uma programação rica e diversa, com participantes de diversos lugares. Como o evento foi todo realizado de forma online, tivemos que nos preparar para esse novo formato estudando e pesquisando plataformas, transmissões, divulgação, etc. Foi um grande desafio, visto que nenhum de nós tinha uma formação específica nessa área e pelo ineditismo da situação.
2. Como avalia a participação do público, uma vez que foi online?
A participação do público foi outra grata surpresa, pois apesar da distância física, contamos com espectadores ativos, interessados e participativos. Um ponto positivo do formato online do evento, inclusive, foi poder atingir tantos lugares e pessoas diversas.
3. Tem uma média de quantas pessoas participaram?
É difícil mensurar com exatidão o número de participantes do evento como um todo, até porque como o evento foi transmitido por uma plataforma digital, Outro ponto positivo, pois mesmo com o evento finalizado, ele continua disponível ao público. Até o momento, podemos afirmar que mais de 1600 pessoas visualizaram os conteúdos de nosso evento com participações registradas dos seguintes lugares: Inconfidentes, Monte Sião, Cambuí, Ouro Fino, Andradas, Bom Repouso, Conceição das Pedras, Patrocínio, Santa Rita do Sapucaí, Borda da Mata, Cristina, Gonçalves, Juiz de Fora, Três Corações, Paraisópolis, Poço Fundo, Pouso Alegre, Muzambinho, Passos, Poços de Caldas, Alfenas, Belo Horizonte (Minas Gerais); Americana, Guaratinguetá, São Paulo, Hortolândia, Tapiratiba (São Paulo); Koshigaya (Japão).
4. Qual foi o maior desafio de se promover um evento remotamente?
O maior desafio, certamente, foi que nós da comissão éramos os responsáveis por tudo, desde o contato com os participantes, a montagem e divulgação da programação, até a transmissão online. Por diversos momentos enfrentamos dificuldades de conexão e acesso, e tivemos que, mesmo sem a formação técnica, nos superar. Outro desafio foi produzir um evento desse porte e nesse formato, sem nenhum tipo de recurso financeiro.
5. Pelo seu ponto de vista, o formato remoto atrapalhou ou ajudou o evento?
O formato remoto foi um desafio, como já descrito anteriormente, porém os pontos positivos sempre superam as adversidades. Poder contar com a participação de um público tão diverso, poder atingir lugares tão distantes e levar o nome do IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes, poder reencontrar amigos queridos, parceiros da Casa das Artes, nossos alunos e ex-alunos, e toda a comunidade que, direta ou indiretamente, está ligada ao nosso campus, não tem preço. Foi um evento feito a muitas mãos, por pessoas que enxergam a Arte e a Cultura como um elemento de transformação social. E foram tantas vivências, tantos encontros, tantas emoções, que podemos afirmar: valeu a pena! E inspirados pelo tema que nos guiou, de autoria de Gonzaquinha: "Não adianta só chorar, não faz mal nenhum sonhar!"
Confira as imagens (Fotos: Organização)
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