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102 anos

Escrito por José Valmei Bueno | Publicado: Quinta, 27 de Fevereiro de 2020, 08h15 | Última atualização em Terça, 08 de Dezembro de 2020, 11h19
Diretor-geral, professor Luiz Flávio Reis Fernandes, discursa para alunos e servidores durante comemorações. (Foto: Cesar Neves)
Diretor-geral, professor Luiz Flávio Reis Fernandes, discursa para alunos e servidores durante comemorações. (Foto: Cesar Neves)

Campus Inconfidentes comemora 102 anos nesta sexta-feira, 28 de fevereiro

O Campus Inconfidentes do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais comemora, nesta sexta-feira (28), 102 anos de fundação. Para celebrar o aniversário, uma sessão cívica foi realizada no período da manhã, no pátio do Prédio Principal.

As bandeiras foram hasteadas pelos estudantes e o histórico da instituição foi lembrado por meio de um texto elaborado e interpretado pela mestre de cerimônia, professora Cíntia Zoratini.

Durante o discurso, o diretor-geral do campus, professor Luiz Flávio Reis, apresentou os significados de uma instituição centenária. “A gente pode pensar o que significa ser centenário. Ser centenário é ter credibilidade pela educação de qualidade que ofertamos e pelos ensinamentos de cidadania que transmitimos”, disse o diretor.

Segundo ele, a estrutura conquistada atualmente pelo IFSULDEMINAS se deve ao trabalho de muitas pessoas que dedicaram suas vidas à escola. “Ser centenário é agradecer a todos que deixaram os alicerces para que hoje estivéssemos aqui”, encerrou Fernandes, conclamando a plateia para a resistência às dificuldades que surgem durante a história.

A apresentação de um poema também marcou a sessão. O aluno egresso do Curso de Informática, Marcelo Fróes, interpretou o poema “Entre construções de histórias e resgates de memórias”. A peça foi composta pelo estudante especialmente para a celebração dos 102 do campus. “A desastres nacionais, superamos. Movimentos antieducacionais, enfrentamos. Políticas absurdas, refutamos. Sob a crise, triunfamos”, escreveu o jovem em um dos trechos do poema.

As comemorações tiveram ainda apresentações musicais, além do tradicional “Parabéns para você” interpretado pela Fanfarra Professor Gabriel Vilas Boas.

Para encerrar as comemorações, uma missa será celebrada, às 19h, na igreja matriz de São Geraldo Majela.

A História

Campus Inconfidentes começa história como Patronato Agrícola, em 1918. (Foto: Arquivo IFSULDEMINAS)

Fundado no ano de 1918 como Patronato Agrícola, o Campus Inconfidentes foi instalado pelo presidente da República Wenceslau Brás para receber os menores considerados infratores vindos da cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal.

Segundo o diretor da década de 1940, João Fernandes de Souza, quando chegou a Inconfidentes a situação em que encontrou os alunos era de abandono. “Quando cheguei aqui era meia dúzia de estudantes descalços, desamparados, sem nenhum apoio”, recordou o ex-gestor que atualmente mora em Campos dos Goytacazes (RJ).

No decorrer do tempo esta situação se transformou. O Campus Inconfidentes cresceu. Hoje são ofertados quatro cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, onze cursos de Graduação, além dos cursos de Pós-Graduação. As estruturas foram ampliadas e o número de alunos atinge quase 3 mil. “É notória a evolução de nossa instituição. Os indicadores mostram isso. Em um momento de nossa história eram dezenas de alunos. Depois centenas. Hoje são milhares”, comentou o diretor-geral, professor Luiz Flávio Reis Fernandes. “Antigamente tínhamos uma estrutura preparada para oferecer uma educação tecnicista. Hoje somos mais humanistas”, avaliou Fernandes, ressaltando os benefícios ofertados atualmente para os estudantes, como alojamento, oportunidades de intercâmbio, projetos de pesquisas e alimentação. “Tudo isso pensando no desenvolvimento sustentável regional que é nossa missão”, concluiu o diretor.

Assista o documentário sobre os 100 anos

Assista à entrevista com o ex-diretor da década de 1940

Confira as imagens das comemorações (Fotos: Cesar Neves)


Comentários   

+3 #1 Carlos Shiley Domici 01-03-2020 22:46
"Humanizar o técnico para não se perder o homem", quantas vezes esse lema foi cantado e decantado na trajetória da velha EAFI, na formação das pessoas que para aí se dirigiram. Meninos, um dia, na chegada dos calouros (porque não dizer "gabirus"), homens, depois, na sequência da vida, quando dos ensinamentos aí adquiridos, pois além dos conhecimentos técnicos aprendemos a viver. O conhecimento técnico nos legou uma profissão, a experiência de vida nos tornou seres humanos melhores. De um eterno agricolino eafiano!
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