Conservador da Mantiqueira
Pesquisadores fazem monitoramento de plantas em Unidade Demonstrativa
Pesquisadores do IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes, da organização de restauração ambiental “Caminho das Sementes” e da Ong “The Nature Conservancy” (TNC) realizam um monitoramento das plantas que estão crescendo na Unidade Demonstrativa em Restauração Florestal, na Fazenda Escola.
A Unidade foi criada em dezembro de 2019 com o objetivo de avaliar três modelos de restauração: o plantio tradicional de mudas, a restauração por meio da técnica da “muvuca”, uma mistura de sementes de diferentes espécies e plantadas em covas, e a restauração natural que consiste no fechamento de uma área para a verificação do comportamento da natureza. “A importância deste monitoramento é a verificação de como estão reagindo as técnicas aplicadas”, comentou a coordenadora do projeto, professora Lilian Vilela Andrade.
As técnicas são avaliadas do ponto de vista econômico, bem como a viabilidade ambiental. No local, estudantes dos Cursos Técnicos e Superiores do IFSULDEMINAS desenvolvem pesquisas sobre reflorestamento.
Segundo Lilian, a área é um laboratório de campo. “Estamos sendo procurados por pesquisadores de outras instituições com o intuito de conhecer o trabalho desenvolvido. Também, os produtores rurais que desejarem conhecer as técnicas de recuperação de áreas de preservação permanente de suas propriedades encontram aqui uma demonstração de como podem realizar este trabalho”, completou a professora Lilian.
O monitoramento tem duração de uma semana. Os pesquisadores irão avaliar o crescimento das plantas, após quase 3 anos do início do experimento.
O pesquisador da “The Nature Conservancy”, Olidan Simões, esteve na Unidade Demonstrativa do Campus Inconfidentes para participar dos trabalhos. Usando o método de fotografia hemisférica, Olidan analisará estatisticamente o desenvolvimento das plantas para verificar a eficiência das técnicas aplicadas na área. “Com esses dados, vamos apontar as melhorias em cada uma das técnicas e estabelecer um protocolo a ser adotado em outras Unidades Demonstrativas”, explicou Simões.
Durante os dias de trabalho de campo, os pesquisadores observaram a reação das plantas, dependendo do modelo aplicado para a restauração. As mudas, por terem sidos adubadas, tenderam a crescer mais. A área onde foi adotada a técnica da “muvuca” está mais sombreada e com plantas diversificadas e densas. No setor de regeneração natural, apareceram espécies nativas como o “Assa-peixe”, "Guapuruvu" e "Capixingui".
De acordo com o membro do grupo “Caminhos da Semente”, Gustavo Barros Rocha, cada área se comporta de maneira distinta. “Temos que analisar qual técnica compensa mais do ponto de vista financeiro e ambiental. Ou seja, qual método faz mais sentido”, destacou Barros.
A área da Unidade Demonstrativa mede 1 hectare e meio e serve como laboratório para verificar como a natureza reage às técnicas de reflorestamento. A iniciativa integra o projeto Conservador da Mantiqueira e tem o desafio de restaurar 1,5 milhões de hectares na região da Serra da Mantiqueira, o que corresponde a 10% da área a ser restaurada em todo o país.
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