Incetec
Data da criação: 10 de setembro de 2006
A Incubadora de Empresas Mista – INCETEC, é um órgão vinculado à Diretoria de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo – DITE, da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação – PPPI, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – IFSULDEMINAS.
A INCETEC tem sua sede no campus Inconfidentes e os demais campi do IFSULDEMINAS poderão sediar Núcleos Incubadores, e, tem como missão promover o desenvolvimento tecnológico, econômico, social e cultural do ecossistema inovador e empreendedor regional, e como filosofia o uso racional de infraestrutura econômica, científica e tecnológica, de forma compartilhada, viabilizando a operacionalização e o desenvolvimento de novas empresas, produtos e serviços de base mista.
A incubadora de base mista abriga, ao mesmo tempo, empreendimentos de base tecnológica, tradicional e social.
Desde o início de nossas atividades em 2008, até abril de 2024, 48 empreendimentos já passaram por aqui, recebendo acompanhamento, instrução, qualificação e oportunidades de desenvolvimento e crescimento.
Com relação aos empreendimentos que chegaram ao ápice do programa, a Graduação, 9 foram as que conquistaram esse status até o momento.
Com a aprovação da Resolução 21/2020, substituída pela Resolução 356/2023 do CONSUP, a INCETEC passou por alteração, e o campus Inconfidentes passou ao status de sede da INCETEC, e as demais unidades podem, desde então, ter seus Núcleos Incubadores (NI). O primeiro campus a aderir foi Passos, com aprovação da criação do seu NI em 30/08/2021 através da portaria 1099/2021 do gabinete do reitor do IFSULDEMINAS. O segundo foi Muzambinho, cuja portaria 2052/2022 foi expedida em 22/12/2022.
Em dezembro de 2022, a INCETEC recebeu sua certificação Cerne 1.
Definições
I. Incubadora de Empresas: ambiente planejado que objetiva estimular ou prestar apoio gerencial, tecnológico e de infraestrutura, facilitando a criação e o desenvolvimento de empresas de base tecnológica e multissetoriais da comunidade interna e externa.
II. Empreendimentos de Base Tecnológica: empreendimentos que baseiam suas atividades no uso intensivo de conhecimento científico e tecnológico, utilizando técnicas avançadas ou pioneiras no desenvolvimento de bens e serviços, com alto valor agregado.
III. Empreendimentos de Base Social: empreendimentos que têm como objetivo principal produzir bens e serviços que beneficiem a sociedade local e global, com foco nos problemas sociais e na sociedade que os enfrenta mais proximamente.
IV. Núcleos Incubadores: unidades de incubação de empreendimentos, vinculadas à INCETEC do IFSULDEMINAS, que visam propiciar ambiente e condições adequadas para a criação, o desenvolvimento e a consolidação de empresas
V. Empresa Incubada: um empreendimento que está recebendo suporte de uma incubadora para o seu desenvolvimento. Pode ser residente (quando ocupa um espaço dentro da incubadora) ou virtual (caso em que tem sua própria sede, mas recebe suporte da incubadora).
VI. Empresa Pré-Incubada: é um empreendimento que possui ideias promissoras, mas que necessitam do apoio da incubadora para moldar um modelo de negócio mais preciso, agregando tecnologia aos processos e evoluindo para futuros negócios.
VII. Empresa Graduada: é um empreendimento que passou pelo processo de incubação, recebeu suporte de uma incubadora e possui competências suficientes para se desenvolver sozinha. A empresa, depois de graduada, pode continuar associada à incubadora, porém, não pode mais residir no espaço físico da incubadora.
VIII. Startup: grupo de pessoas ou empresa jovem com um modelo de negócios, repetível e escalável, em um cenário de incertezas.
IX. Spin-off: empreendimento envolvendo um novo produto e/ou processo, derivado de um já existente, em uma empresa ou em um grupo de pesquisa, com o objetivo de explorá-lo comercialmente.
X. Negócio de impacto: empreendimento que gera impacto socioambiental positivo e ganho financeiro, simultaneamente.
XI. Empresa convidada: modalidade de incubação, onde uma empresa convidada, que já atua no mercado e que possui expertise para estabelecer parceria com a incubadora, utilizando ou não o seu espaço.
XII. Contrato de uso do sistema compartilhado de incubação: instrumento jurídico que possibilita à empresa em incubação, o uso dos bens e serviços da Incubadora.
XIII. Espaço, módulo ou sala: ambiente físico específico para desenvolvimento dos projetos no sistema de incubação ou pré-incubação residente.
XIV. Empresa associada: empresa graduada do IFSULDEMINAS que deseja continuar usufruindo do suporte oferecido pelos Núcleos Incubadores (campi), sem utilizar seu espaço físico ou empresa que já atua no mercado e deseja participar do suporte oferecido pelos Núcleos Incubadores (campi) sem utilizar seu espaço físico.
XV. Comunidade interna: compreende professores, técnicos administrativos e alunos do IFSULDEMINAS.
XVI. Comunidade externa: Compreende pessoas físicas e jurídicas sem vínculo com o IFSULDEMINAS que compõem o arranjo produtivo local.
O que é
O Programa Nacional de Apoio a Incubadoras de Empresas assim conceitua as incubadoras:
Uma Incubadora é um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves por meio da formação complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e gerenciais e que, além disso, facilita e agiliza o processo de inovação tecnológica nas micro e pequenas empresas. Para tanto, conta com um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços e que, necessariamente, dispõe de uma série de serviços e facilidades.
O suporte administrativo e operacional fornecido pela INCETEC (sede) e pelos Núcleos Incubadores (NI) consistirá em:
I. permissão de uso e compartilhamento de área física do NI;
II. uso e possível locação de laboratórios e unidades educativas de produção;
III. compartilhamento de serviços técnicos administrativos;
IV. orientação empresarial e mercadológica;
V. capacitação;
VI. viabilização de cooperação tecnológica com outras instituições;
VII. acesso às informações tecnológicas.
Para cumprir sua finalidade, a INCETEC (sede) e seus NI contarão com o apoio de recursos humanos, tecnológicos e a infraestrutura do campus.
Tipos de Incubadora
Incubadora de Empresas de Base Tecnológica: é a incubadora que abriga empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, nos quais a tecnologia representa alto valor agregado.
Incubadora de Empresas dos Setores Tradicionais: é a incubadora que abriga empresas ligadas aos setores tradicionais da economia, a qual detém tecnologia largamente difundida e queiram agregar valor aos seus produtos, processos ou serviços por meio de um incremento em seu nível tecnológico. Devem estar comprometidas com a absorção ou o desenvolvimento de novas tecnologias.
Incubadoras de Empresas Mistas: é a incubadora que abriga empresas dos dois tipos acima descritos.
Motivos para Implantação
As incubadoras são mecanismos utilizados para promover e estimular a criação de micro e pequenas empresas. Contribuem para o desenvolvimento socioeconômico, na medida em que são potencialmente capazes de induzir o surgimento de unidades produtivas que geram grande parte da produção industrial e criam a maior parte dos postos de trabalho no país. Dados do SEBRAE mostram que as micro, pequenas e médias empresas constituem cerca de 98% das empresas existentes, empregam 60% da população economicamente ativa e geram 42% da renda produzida no setor industrial, contribuindo com 21% do Produto Interno Bruto – PIB.
Estatísticas de incubadoras americanas e européias indicam que a taxa de mortalidade entre empresas que passam pelo processo de incubação é reduzida a 20%, contra 70% detectado entre empresas nascidas fora do ambiente de incubadora. No Brasil, estimativas já apontam que a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas que passam pelas incubadoras também fica reduzida a níveis comparáveis aos europeus e americanos. Para as nascidas fora do ambiente de incubadora, o SEBRAE aponta uma taxa de mortalidade de 80% antes de completarem o primeiro ano de funcionamento.
Dentre algumas das pesquisas realizadas pela ENDEAVOR sobre o empreendedorismo, e disponíveis para consulta em sua página, se destaca o trabalho “Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras 2016”. A pesquisa parte do princípio de que o ensino do empreendedorismo nas universidades pode exercer importante papel no processo de inovação e o desenvolvimento econômico dos países. Sendo sua quarta edição, foram entrevistados 2.230 alunos e 680 professores, de mais de 70 instituições de ensino superior do país. Mais da metade dos alunos empreendedores entrevistados acreditam que iniciativas tais como incubadoras, eventos e programas de acesso à investidores são muito importantes para o sucesso do empreendimento.
Entre as várias razões que ocasionam essa elevada taxa de mortalidade, o SEBRAE detectou problemas gerenciais como a principal. Outras razões, citadas pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo – SIMPI, não menos importantes, são as dificuldades burocráticas, que incluem uma legislação complexa, exigente e que acarreta altos custos burocráticos, tributários, de produção e comercialização, além das dificuldades concorrenciais para os micro e pequenos empresários que atuam em mercados oligopolizados, onde grandes empresas ditam prazos e condições de pagamentos para a aquisição de produtos e fornecimento de insumos. Além disso, sabe-se que as elevadas taxas de juros sobre os empréstimos, superiores que pagam as grandes empresas, bem como as exigências dos emprestadores por garantias reais, que geralmente o micro e pequeno empresário não pode oferecer, deixam-no sem acesso ao crédito.
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