História do Instituto
Patronato Agrícola (1918)
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – campus Inconfidentes, tem sua origem em 28 de fevereiro de 1918, pelo Decreto nº 12.893, nove anos após a criação da primeira Escola Agrícola no Brasil, ainda como Patronato Agrícola, vinculada ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
Permaneceu assim até o final da década de 50, quando então passou a ser denominada a Escola Agrícola “Visconde de Mauá”, oferecendo curso ginasial, durante toda a década de 60.
Aprendizado Agrícola “Minas Gerais” (1934)
A fase de transição ocorreu com o aprimoramento dos recursos didático-pedagógicos e maior atenção da superintendência aos aspectos produtivos, sendo inclusive enviados ao Rio de Janeiro/RJ, vários tipos de sementes selecionadas e animais de raça com registro.
Uma nova organização foi tentada e o currículo identificava os cursos e as disciplinas. O relacionamento pedagógico e administrativo seguia as mesmas normas do Patronato.
Aprendizado Agrícola “Visconde de Mauá” (1939)
Atendendo ao Decreto-Lei 982 de 23/12/1938, o ano letivo se iniciava com um novo perfil, o curso primário era dividido em elementar, médio e superior e com certificado de Habilitação Profissional.
Obedecendo ao artigo do Decreto 14.252 de 10/12/1943, a escola se dividiu em núcleos: Agricultura, Zootecnia, Indústrias Rurais e Administração; e seu nome voltaria a ser modificado.
Escola de Iniciação Agrícola “Visconde de Mauá” (1947)
O ano letivo iniciou-se com exames vestibulares dos candidatos à matrícula no Curso de Iniciação Agrícola.
Obedecendo ao ofício emitido pela Comissão Brasileira Americana de Educação das Populações rurais – CBAR, foi criado um centro de treinamento para formação de trabalhadores rurais.
Entre 12 e 18 de setembro, através da Segunda Semana Ruralista e da Exposição de Produtos, constatou-se maior integração entre a Escola e a Comunidade.
A Escola começou a atrair alunos de outros estados, registrando-se os procedentes do Paraná, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, além de São Paulo e Minas Gerais, variando o critério de contratação de pessoal, com abertura para titulares, funcionários extranumerários, mensalistas e diaristas.
Escola Agrícola “Visconde de Mauá” (1950)
A assinatura do Decreto nº 27.745, de 30.01.1950, elevou o Instituto à categoria de Escola Agrícola. Aumentavam os projetos agropecuários, através da organização das atividades profissionais, e já se efetivava uma distribuição e limitação de competências aos professores, partindo-se para uma divisão de atividades capaz de refletir uma escola de caráter mais didático-pedagógico, com a prática dos alunos norteada para aprendizagem mais orientada.
Um exemplar do Regimento da Superintendência, aprovado pelo Decreto nº 52.666, de 11.10.1963, determinava instruções para a elaboração dos Regimentos dos estabelecimentos de Ensino Agrícola e de Economia Doméstica Rural da Rede Federal, contendo a estrutura geral da organização administrativa.
Ginásio Agrícola “Visconde de Mauá” (1964)
O Instituto foi elevado à categoria de Ginásio em 1964 e até 1967 foi subordinada à SEAV, através do Decreto nº 60.731, de 19/05/67; os órgãos de ensino do Ministério da Agricultura são transferidos para o Ministério da Educação e Cultura.
Iniciou-se então um intenso trabalho para a sobrevivência do Instituto, que durou mais cinco anos. Durante o regime militar, manteve-se um panorama repleto de dificuldades: poucos recursos, redução da clientela e precariedade das instalações físicas.
O perfil do Ginásio Agrícola começa a melhorar, no entanto, a partir de 1973, com a criação da Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário – COAGRI.
Eram oferecidos cursos extracurriculares não só aos alunos, mas aos fazendeiros da comunidade.
Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes/MG (1978)
Em 1978, passou a Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes/MG “Visconde de Mauá”, com 203 alunos matriculados. A partir desse ano, desenvolveu-se o sistema Escola-Fazenda, destacando-se a implantação da Cooperativa-Escola como elo entre a Escola e o Mercado Consumidor, consolidando a filosofia do “Aprender a fazer e fazer para aprender”. Isso proporcionou a integração de três mecanismos fundamentais: Sala de aula, Unidades Educativas de Produção (UEPs) e Cooperativa-Escola.
Como instrumentos complementares, desenvolveram-se os sistemas de Monitoria e Estágio Supervisionado. Essas ações perduraram por toda a década de 80 e foram responsáveis pela evolução da Escola em todas as áreas Pedagógicas, Administrativas e de Produção Agropecuária. Era ministrado durante esse período o Curso Técnico Agrícola em nível de 2º Grau.
Em 1993, o processo de autarquização trouxe nova dinâmica ao Instituto, que além das questões administrativas e pedagógicas, provocou novas necessidades de ajustes para atender a crescente demanda da comunidade regional.
A partir do ano de 1995 foram implantados os cursos de Técnico em Informática e Técnico em Agrimensura para egressos do ensino médio, somando 508 alunos matriculados.
Em 1996, com 600 alunos, foi inserida uma reformulação curricular do ensino Agrícola, onde o Curso Técnico Agrícola foi subdividido em quatro novos cursos: Técnico em Agropecuária, em Agricultura, em Zootecnia e em Agroindústria.
Em 1997, com 680 alunos foram viabilizados os princípios da Reforma e estruturou-se um trabalho de revisão curricular, embasado em subsídios oferecidos pela realidade empresarial das comunidades regionais.
Em 1998, com 862 matrículas de alunos, 41 docentes, 81 técnicos administrativos, oferecendo na área de Agropecuária as habilitações: Técnico em Agropecuária, Técnico em Agricultura, Técnico em Zootecnia e Técnico em Agroindústria, na área de Informática a habilitação de Técnico em Informática e na área de Geomática a habilitação de Técnico em Agrimensura, nas formas concomitante e sequencial e efetivou-se separação do Ensino Médio do Ensino Profissional.
Em 1999, com 1.024 matrículas, a escola ampliou seu quadro de ofertas com um curso para egressos do ensino médio de Técnico em Agropecuária, somando-se ainda, os Programas de Educação Para Jovens e Adultos e o Telecurso 1º e 2º Graus, em convênio com a Prefeitura Municipal de Inconfidentes, para atender a socialização da Educação Brasileira.
Em 2000, com 1.200 matrículas, exceto 63 alunos frequentes ao Programa de Educação para Jovens e Adultos, em convênio com a Prefeitura Municipal de Inconfidentes/MG, atingiu-se a estruturação e conclusão do projeto modular dos cursos técnicos “Pós-Médio” para serem viabilizados no ano 2001. Efetivou-se a parceria com a instituição PROMENOR de Pouso Alegre/MG, com a finalidade de multiplicar as ofertas dos cursos de Qualificação Profissional em nível básico, vinculando-se com o mercado de trabalho, por meio de convênios e parcerias. O currículo desenvolvido foi alicerçado na contextualização e interdisciplinaridade.
Em 2001, com 1.463 matriculas efetivas, exceto 60 alunos frequentes ao Programa de Educação para Jovens e Adultos, foi desenvolvida a Proposta Pedagógica do Sistema Modular do Ensino Profissionalizante. O currículo preza pelo trabalho coletivo para substituir o individualismo do conhecimento fragmentado, com a articulação de propostas interdisciplinares dos projetos desenvolvidos. O Sistema de Avaliação por competência começa a se desenvolver, com a aquiescência da Comunidade Escolar. As parcerias e os convênios foram ampliados e aprovados e houve recebimento de recursos financeiros do “Programa de Expansão do Ensino Profissionalizante – PROEP”.
No ano de 2002, com 1.212 matrículas, encerraram-se as inscrições para os cursos de Técnico em Agricultura e Técnico em Zootecnia, sendo essas áreas de ensino contempladas pelo curso Técnico em Agropecuária a partir de 2003.
Em 2003, com 1.803 matrículas, sendo 813 no Ensino Médio, 813 nos Cursos Técnicos, citados acima e 177 egressos do ensino médio nos Cursos Técnicos de Agropecuária, Informática, Agrimensura e Agroindústria Subsequentes. Foram ofertados ainda 13 cursos de qualificação básica para 735 alunos da comunidade interna e externa. Ocorreu a Implantação do projeto de empreendedorismo, “Integração e Articulação do Processo Pedagógico por meio de Sistemas de Empresas Simuladas, Empresas Orientadas e Incubadoras de Empresas na Formação Profissional”.
Em 2004, com 1.572 matrículas efetivas nos cursos acima citados, o Instituto Federal – campus Inconfidentes objetivou ser foco de referência no Estado. O compromisso institucional foi o de promover o desenvolvimento educacional da região por meio do oferecimento de Ensino Superior Tecnológico em diferentes modalidades. Essa meta coloca-se como uma forma de atingir a maioria dos campos profissionais da sociedade da região, levando em conta o sucesso no desenvolvimento do projeto de empreendedorismo. Em novembro de 2004 o Instituto finalizou o projeto do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, o qual foi autorizado por comissão do MEC.
Em 2005 e 2006, a EAFI com 1.505 e 1.795 matrículas, respectivamente, firmou-se no propósito da oferta continuada de cursos técnicos (Subsequente, Concomitante e PROEJA) e de Ensino Superior buscando a afirmação para novas e ousadas propostas de expansão, iniciado em 2004. Em Março de 2006, foi autorizado o Curso Superior de Tecnologia em Agrimensura, pela comissão do MEC, Portaria n.º 781 de 24/03/2006, publicada no DOU de 27/03/2006, Seção I, página 18, a fim de proporcionar educação gratuita e de qualidade. Ampliou seus cursos e criou um curso de inclusão social, com o objetivo de ofertar educação àqueles que não puderam completar o Ensino Médio, implantando então o Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio, na modalidade PROEJA (jovens e adultos).
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Câmpus Inconfidentes (2008)
No dia 29 de dezembro de 2008 a Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes/MG, passou a denominar Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Inconfidentes, juntamente com as ex- escolas agrícolas de Machado e Muzambinho. Com a sua criação, os Institutos deverão ter forte inserção na área de pesquisa e extensão, visando estimular o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas e estendendo seus benefícios à comunidade. Metade das vagas será destinada à oferta de cursos técnicos de nível médio, em especial cursos de currículo integrado.
Em 2010, na educação superior, o destaque fica para os cursos de Licenciatura para Graduados e Tecnologia de Redes de Computadores, que já estão em funcionamento no campus Inconfidentes. Está em fase de implantação para o segundo semestre deste ano mais dois cursos de licenciatura, Matemática e Ciências Biológicas. Dentro da área de expansão, o campus Inconfidentes oferece cursos a distância de Secretariado, Serviços Públicos e de Administração em sete pólos da região, sendo eles em Monte Sião, Inconfidentes, Borda da Mata, Pouso Alegre, Cambuí, Bom Repouso e Senador Amaral, totalizando 700 alunos. Também em Pouso Alegre implantou o Curso Técnico de Agricultura Subseqüente, no bairro do Algodão. Um pequeno passo para nosso Campus, mas um grande passo para a educação. Teremos oportunidade agora de ampliar nossa capacidade, para realizar nossa missão que é educar.
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