Produção Científica

Laboratório celebra publicação de 200º artigo científico com estudo sobre cultivo de oliveiras
O Instituto Federal do Sul de Minas – Campus Inconfidentes acaba de atingir uma marca histórica na área da pesquisa: a publicação do 200º artigo científico do Laboratório de Zoologia. O trabalho celebra uma trajetória de produção acadêmica sólida e é fruto da curiosidade de estudantes dos cursos de Engenharia Agronômica e Licenciatura em Ciências Biológicas, que se propuseram a investigar o cultivo de oliveiras em regiões de altitude, nos municípios de Cambuí e Senador Amaral (MG).
Sob coordenação do professor Marcos Magalhães, o estudo teve como foco avaliar a presença de pragas agrícolas associadas à proximidade com fragmentos de floresta da Mata Atlântica. Os resultados revelaram uma diversidade notável de insetos predadores, popularmente conhecidos como “bicho lixeiro”, cuja presença está diretamente relacionada à manutenção dos fragmentos florestais na paisagem rural. “Encontramos uma diversidade incrível de 'bicho lixeiro', sendo reflexo direto dos fragmentos de floresta”, explicou o professor Magalhães.
Segundo ele, a pesquisa evidenciou que a ausência da Mata Atlântica contribui significativamente para o aumento de pragas nas plantações, exigindo maior uso de defensivos químicos — um cenário preocupante para a agricultura sustentável e para a saúde ambiental. “Descobrimos que, sem a Mata Atlântica, a gente percebe que aumentam as pragas e temos que recorrer aos defensivos químicos”, completou Magalhães.
A conquista do 200º artigo também reforça a importância da pesquisa aplicada no ambiente acadêmico e o impacto positivo da colaboração entre estudantes e professores. “Esse artigo de número 200 é uma premiação para a área da pesquisa do Campus Inconfidentes. Mostra o quanto é importante a parceria entre estudantes e professores e confirma o papel do IFSULDEMINAS nas áreas de conservação no Estado de Minas Gerais”, concluiu o coordenador.
O Laboratório de Zoologia do IFSULDEMINAS é referência em trabalhos de extensão ligados à Biologia da Conservação. Além de pesquisas científicas, o laboratório promove a inserção dos alunos em comunidades tradicionais e contribui diretamente para a formação crítica e cidadã dos estudantes.
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